quinta-feira, 23 de setembro de 2010

BEM X MAL


E pensar que eu já tive uma alma livre dos pecados que eu criei.
Essa alma jovem mas cansada passou por intempéries da vida que quase toda boa ou má alma já passou.
Mas quanta desigualdade há no modo em que cada alma reage. As suas manifestações são explicavéis, mas não se pode entender. Há de se explicar que a minha alma dói e se compadece pela dor do meu próximo, que eu até chore e verta lágrimas dos meus olhos, que eu exprima em pranto a minha compaixão para imediatamente travar uma guerra com o mesmo, por soberba, inveja e aversão, como se houvesse o bem e o mal dentro dela.
Há duas formas de administrar o conflito entre o mal e o bem na alma humana. Uma alma pode ser livre, não se deixando contaminar pelo preconceito, o preconceito que a inveja insemina. Desse modo há de se equilibrar bem e mal, há de se achar o ponto de equilibrio. Mas há uma alma que fecundou a inveja, depois o controle, esse controle que lhe faz pensar que controla mas que na verdade é controlada por todos os sentimentos maléficos que o mal pode trazer. Ai de minha alma se não afugentar os danos do preconceito que nasceu impregnado à sociedade politica religiosa. Esse preconceito que exerce a força conforme convém a sociedade do qual eu começo a fazer parte. Entendo que o mal é banal, mas entendo que me é reservado o direito do livre arbítrio, escolher o bem é uma questão de mente aberta, onde nao cabe preconceito.
Queria dizer eu que minha alma é louca mas é feliz, que minha mente ainda é aberta como antes, porém devo dizer que vivo tentando acertar para agradar aos alheios a felicidade, agradar principalmente ao meu preconceito que atormenta minha alma.

Gisele Rodrigues